O Sindicato recebeu, nesta quarta, dia 6, o norte-americano Chris Smalls, protagonista do filme “Union”, que foi exibido no auditório. Após a exibição do filme, Chris respondeu a diversas perguntas, em um rico diálogo acerca da história dos trabalhadores da Amazon. O sentimento entre todos os presentes foi de que somente a luta muda a realidade dos trabalhadores.
Chris respondeu a perguntas sobre a luta para organizar os trabalhadores em um sindicato, enfrentando uma mega corporação como a Amazon. Foi um processo longo, inclusive com prisões de alguns sindicalistas depois de um processo judicial para que o sindicato finalmente fosse reconhecido pela empresa.
“Foi um debate muito rico, de troca de ideias e experiências, mas que mostram como as empresas aqui no Brasil ou em outros países atuam para afastar os trabalhadores do seu sindicato e enfraquecer a luta de todos”, avalia Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
Chris chegou a contar que foram realizadas milhares de reuniões da direção da Amazon com seus funcionários, diariamente, para convencer os trabalhadores a não participarem da luta sindical.
Nos EUA, por exemplo, os patrões não são obrigados por lei a pagar férias remuneradas, licença médica e outros benefícios, conquistados pelo movimento sindical brasileiro e previstos hoje na CLT. Aliás, salve a CLT! Contratos de trabalho também não são comuns na ‘terra prometida’. Há autonomia nas negociações entre empregadores e empregados, e a gente já sabe como acaba essa história!
Por essas e outras, vale destacar a importância de pessoas como Chris Smalls e os camaradas da Amazon Labor Union, que travaram uma luta contra uma das empresas mais poderosas de todo o mundo, a Amazon. Esses caras ficaram mais de 300 dias na porta da empresa para bradar suas reivindicações.
O desfecho dessa respeitável história ainda está sendo escrito e você ainda vai ouvir falar muito do Amazon Labor Union.
Para fechar esse dia de troca com chave de ouro, o Sindicato recebeu a presença dos nossos amigos e trabalhadores do comércio, que finalizaram com versos, música e poesia.
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