Prefeitura sanciona lei que deixa comerciários de fora dos feriados do G20

É um verdadeiro absurdo o desleixo dos poderes públicos da cidade do Rio com os mais de 300 mil trabalhadores do comércio. No dia 7, infelizmente, o prefeito Eduardo Paes não honrou o compromisso firmado com o Sindicato de incluir o comércio no ‘megaferiadão’ de novembro e sancionou a lei aprovada na Câmara Municipal que não contemplou o comércio nos feriados de 18 e 19 de novembro. 

feriado

Inicialmente de fora do projeto de lei, o comércio foi proposto através de emenda do vereador Edson Santos, que acatou a reivindicação e argumentos, em reunião com o presidente do Sindicato, Márcio Ayer.

“Procuramos a prefeitura para que ouvisse os trabalhadores do comércio e incluísse a categoria nos feriados, para que assim recebessem todos os seus direitos. Também estivemos na Câmara Municipal fazendo este pleito. Infelizmente, a maioria da Casa não acatou nosso pedido. Isso mostra o quanto precisamos mudar, elegendo quem realmente defende os interesses dos trabalhadores”, argumenta Ayer.

A Câmara de Vereadores do Rio votou quase em coro para rejeitar a proposta de inclusão do comércio. Os únicos vereadores que votaram a favor foram os da bancada progressista. 

Dada a injustiça, assim como aconteceu nas Olimpíadas de 2016, sem a inclusão do comércio no feriado, mais uma vez, os trabalhadores não vão receber os direitos garantidos pela convenção coletiva para os trabalhos realizados em dias excepcionais.

“Já que o prefeito decidiu sancionar a lei sem qualquer alteração, agora vamos buscar na justiça a inconstitucionalidade, pois, para piorar, o projeto aprovado segrega parte da cidade do Rio, determinando em quais regiões vai valer o regime de feriado, algo que nunca existiu na cidade”, completa Ayer.

Os benefícios pagos no feriado, que para os empresários é tão pouco, para os trabalhadores significa muito e, também, são direitos conquistados com muita luta. O Sindicato repudia a decisão do poder público municipal de não reconhecer a importância dos trabalhadores para esta cidade. Não adianta valorizar somente a atividade econômica humilhando quem a exerce com tanta dedicação.

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