Não caia na lábia dos patrões e nem da mídia! A contribuição sindical favorece você!

Essa semana, a mídia passou a veicular uma possível volta do que ela chama de “imposto sindical”, o que está longe de ser verdade.

contribuição sindical
Quer saber a verdade?

Com a aprovação da Reforma Trabalhista, em 2017, a contribuição sindical deixou de ser obrigatória e passou a ser facultativa. Essa mudança foi feita por pressão dos patrões para enfraquecer o movimento sindical, impondo dificuldades às entidades e retirar direitos.

No passado recente diziam que as reformas – trabalhista e previdenciária – eram para melhorar o país e gerar empregos, mas a gente viu que não foi isso. O que aconteceu foi a precarização do trabalho e o enfraquecimento das entidades sindicais. A proposta de contribuição sindical é para organizar, criar parâmetros e impor limites para as entidades, que vão debater a pauta de reivindicação e aprovar a contribuição em assembleia. Desta forma, todos serão beneficiados e vão receber o reajuste e os direitos sociais. Isso fortalece os sindicatos para a realização de uma campanha salarial efetiva e com vitória para os trabalhadores”, avalia Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários. 

“Fortalecer os sindicatos também é defender a unicidade sindical. Ter apenas uma entidade por categoria é fundamental para fortalecer nossa luta por mais direitos. Esse também é um ponto crucial que devemos garantir”, defende Ayer.

Defesa dos direitos dos trabalhadores

A defesa ampla de direitos dos trabalhadores precisa contar com toda uma estrutura por trás: advogados para ajuizar ações, equipes de fiscalização nas ruas, material de divulgação das campanhas salariais, que custam caro e precisam ser divulgados massivamente, alcançando todo município e espaço na mídia.

Fica difícil ter um sindicato combativo sem uma fonte de financiamento. Atualmente, os trabalhadores que não são sócios dos seus sindicatos e não realizam a contribuição negocial também se beneficiam dos direitos e conquistas das convenções coletivas, garantidos a partir de muita negociação dos sindicatos e resistência dos patrões. 

Entretanto, hoje, apenas uma parte dos trabalhadores contribui para que os sindicatos permaneçam “vivos”. Se todos contribuírem, os sindicatos terão mais forças e atuarão de forma ampliada, o que é benéfico para todo o conjunto de trabalhadores.

O que realmente está em negociação?

O que está em discussão atualmente pelo Grupo de Trabalho, composto por governo, representantes sindicais e empresários, é uma “taxa negocial”, cujo percentual seria definido em assembleia juntamente com os trabalhadores, a mesma assembleia que hoje aprova a proposta de percentual de reajuste salarial a ser negociado pelo sindicato. Assim, haverá votação sobre o pagamento ou não dessa taxa. Ou seja, um processo democrático e transparente, sem decisões unilaterais.

As conquistas de direitos históricos foram possíveis a base de muita luta, pressão e resistência da classe trabalhadora organizada, os sindicatos. Nossa representatividade é vital para equilibrar essa balança injusta que é o mundo do trabalho, combatendo a exploração, conquistando direitos e dignidade para a classe trabalhadora.

Os sindicatos precisam da sua contribuição, quem não quer isso, são os patrões, e a mídia que está ao lado deles!

Se você acompanha o nosso trabalho e confia na nossa luta, combata as mentiras que dizem contra os sindicatos.

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