Papo na Lata marca retorno do NAS de Madureira

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Diretores do Sindicato e comerciários de Madureira ao final do Papo na Lata. Foto: Dara Bandeira/ Comerciários.

O Núcleo de Atendimento do Sindicato de Madureira ficou cheio de comerciários, na última sexta-feira (5/5), em mais uma edição do Papo na Lata. O presidente Márcio Ayer e vários diretores do Sindicato conversaram com os comerciários sobre os direitos trabalhistas que estão em risco caso sejam aprovadas as reformas de Temer. Foi também uma oportunidade para ouvir as prioridades dos trabalhadores da região para a Campanha Salarial de 2017. A atividade marca o retorno das atividades na subsede, que foi sucateada em consequência do descaso e dos desvios que eram feitos pelas administrações passadas no Sindicato.

Durante a roda de conversa, o clima era de insatisfação com a ameaça a direitos que foram conquistados por outras gerações, como férias, 13º salário e aposentadoria. O presidente Márcio explicou que o trabalhador vai ficar vulnerável em relação às empresas. “A reforma abre a possibilidade dos trabalhadores terem que negociar diretamente com as empresas, sem o auxílio dos sindicatos. Pior, permite que essa negociação se sobreponha ao que determina a CLT, o tal ‘acordado sobre legislado’. É o tipo de proposta que, se deixarmos passar, vai deixar os trabalhadores de pés e mãos atados. É pra isso que existe o Sindicato, para lutar pelos nossos direitos”, afirmou o presidente.

Retorno das atividades  A subsede passa por reforma da parte elétrica e, logo em seguida, vão começar as obras na estrutura. “Atualmente, no Núcleo de Madureira, o comerciário pode emitir boletos, se sindicalizar e tirar dúvidas trabalhistas. Mas acreditamos que ainda neste primeiro semestre já teremos de volta o serviço de homologação e o atendimento jurídico. É um apelo de quem mora ou trabalha no bairro e adjacências. Nas lojas e até mesmo na primeira edição do Papo na Lata falamos muito dessa urgência e sobre as atividades culturais que pensamos em realizar”, contou o diretor Vinícius, que atua na região.

A reabertura do espaço tem acontecido de forma gradual e foi muito comemorada durante o evento. “Ter esse espaço de volta vai ser muito importante para quem trabalha ou mora por aqui. É o lugar para termos conversas como as que tivemos hoje, esclarecer nossas dúvidas, descobrir formas de não sermos enrolados pelas empresas, encontrar amigos de profissão. Todo dia a gente convence mais um lá na loja a fazer parte da luta. Quanto mais formos, maior vai ser nosso escudo contra a exploração do patrão” comentou uma das comerciárias presentes.

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