Woodland ‘cara de pau’ sonega direitos trabalhistas

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Sindicato chega à loja para fiscalização. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários

Imagine trabalhar 12 horas por dia, sete dias por semana, com folga só nos dias em que o shopping não abre, sem carteira assinada, sem contracheque e em troca de um salário baixo, pago sempre em atraso. Pronto, você imaginou a dura realidade de um funcionário da Woodland, loja do Fashion Mall, que vende aos bacanas de São Conrado móveis e acessórios em madeira da família de designers Dornelas.

O desrespeito aos direitos trabalhistas é gritante. “Pra começar eu só recebia R$ 200 de passagem, o que não dava pra ir e voltar todo dia. Não assinaram minha carteira de trabalho, nunca recebi 13º ou férias, não recebia pagamento dobrado no feriado nem o adicional de 50% aos domingos. As folgas não existiam e a gente ainda tinha que dobrar. O salário vinha sempre pingado, R$ 200 hoje, R$ 300 na semana que vem. A loja não tinha alvará, funcionava sem gerente e eu ainda tinha que aturar esculacho de cliente, porque as entregas nunca eram feitas na data combinada. Tudo errado!”, conta um ex-funcionário que não aguentou a exploração – também pudera, né!? – pediu as contas e veio ao Sindicato em busca de ajuda.

Na última sexta-feira (31/3), a loja voltou a ser notificada pelo Sindicato em função das irregularidades. Foi a segunda notificação em poucas semanas, desta vez em diligência liderada pelos diretores Marcelo Black e Douglas de Freitas. Até agora os donos não apresentaram documentos nem deram explicações. “Geralmente a gente notifica e exige que a empresa se adeque, passando a respeitar os direitos dos funcionários. Só que nesse caso específico, como a empresa sequer responde às notificações, o único caminho que nos resta é acionar o Ministério Público do Trabalho. Nosso Departamento Jurídico já está tomando providências”, contou o diretor Marcelo Black.  

Se liga, Woodland! Quando é pra brigar por direitos, a gente senta a madeira!

Repórter Comerciário – Com a série de reportagens “Repórter Comerciário” o Sindicato vai demonstrando que, com crise ou sem crise, a exploração dos trabalhadores virou “modelo de negócios” dos patrões do Rio. Já tá sabendo das falcatruas que a Folic armou para não pagar os direitos dos seus ex-funcionários? Aguarde as próximas edições do repórter Comerciário.

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