MP exige explicações sobre vale-coxinha da Americanas

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vale coxinhaEm despacho oficial, o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) que cuida do procedimento movido por iniciativa do Sindicato dos Comerciários contra as Lojas Americanas (LASA), intimou a empresa a dar explicações sobre o valor do tíquete refeição concedido aos seus funcionários no Rio. Há exatos 20 anos o benefício está congelado em R$ 4,35.

O procurador fez um longo relato sobre como a empresa paga tíquetes mais elevados no Nordeste e em outras regiões do país, “onde o custo de vida é inegavelmente menor”. Registrou que o valor é de R$ 8 em Fortaleza (CE), R$ 8,47 em Paraupebas (PA) e incríveis R$ 18 em Guarulhos (SP), por exemplo, e exigiu explicações sobre a política que cria diferenças para concessão do benefício. A Americanas recebeu prazo de dez dias para dar a resposta.

“O prazo curto não deve ser problema para a empresa pois, desde o início do inquérito, no ano passado, eles dizem que estão fazendo um estudo para melhorar o valor do tíquete. Eita estudo demorado! O tíquete da Americanas já foi até apelidado de vale-coxinha pelos funcionários. Eles são muito generosos na gozação à empresa, porque faz tempo que esse dinheiro não paga um salgado nos botecos do Rio”, comenta o presidente do Sindicato, Márcio Ayer.

“Se a Americanas melhorasse o tíquete para R$ 15, gastaria R$ 383 mil por ano para alimentar seus três mil funcionários no Rio. Mixaria para quem fatura mais de R$ 20 bi por ano”, calcula o diretor sindical Alessandro Furtado, que também é funcionário da LASA.

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