Continua negociação com atacado de material de construção

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Mesa de negociação entre os Comerciários e o Sincomac. Ao fundo, à esquerda, a vice-presidenta Alexsandra Nogueira. Em primeiro plano, à direita, o diretor jurídico Edson Machado. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários
Mesa de negociação entre os Comerciários e o Sincomac. Ao fundo, à esquerda, a vice-presidenta Alexsandra Nogueira. Em primeiro plano, à direita, o diretor jurídico Edson Machado. Foto: Rafael Rodrigues/ Comerciários

Aconteceu na tarde desta quarta-feira (10/11) nova rodada de negociação, com vistas ao fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2017, entre o Sindicato dos Comerciários do Rio e o Sindicato do Comércio Atacadista de Material de Construção (Sincomac), na sede da entidade de representação dos patrões, no Centro do Rio.  A vice-presidenta dos Comerciários, Alexsandra Nogueira, e o diretor jurídico, Edson Machado, representaram os trabalhadores numa mesa em que os patrões voltaram a usar o argumento da “crise” para negar um reajuste de salário acima da inflação.

Os patrões dizem que só aceitam aumentar os salários em 9,62%, o que representa a inflação medida pelo IBGE nos 12 meses anteriores à data base deste ramo atacadista, que é celebrada em 19 de setembro. Os Comerciários pedem reajuste de pelo menos 10%. Dessa forma, os trabalhadores do atacado de material de construção receberiam o mesmo índice de reposição alcançado pelos funcionários de outros 25 ramos do comércio carioca. A dificuldade está justamente no fato desse pessoal ter uma data base diferenciada. Em maio, na data base dos demais comerciários, o INPC foi maior, de 9,84%, o que facilitou o arredondamento do reajuste para 10%.

“O Sindicato dos Comerciários não aceita o argumento da crise, pois sabe que o lucro acumulado das empresas do setor foi enorme nos últimos anos, mais do que suficiente para que os patrões possam garantir aos trabalhadores um aumento digno, acima da inflação”, rebateu a vice-presidenta Alexsandra Nogueira.

Data base garantida – Para garantir a data-base e o pagamento retroativo dos reajustes que vierem a ser alcançados, o Sindicato dos Comerciários já levou a questão para dissídio no Tribunal Regional do Trabalho. O dissídio só chega a acontecer quando as duas partes não alcançam um acordo e a decisão sobre o reajuste e outras cláusulas é tomada pela Justiça do Trabalho, mas nada impede que patrões e trabalhadores cheguem a um acordo antes que o juiz se manifeste.

A próxima rodada de negociação entre os Comerciários e o Sincomac foi marcada para o dia 22/11, às 15h.

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