Ex-funcionários da Folic fazem manifestação pacífica no Rio Sul

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Com informações do Globo On Line – O aposentado Carlos Alberto Baptista Saraiva, de 68 anos, era um dos 20 manifestantes que se reuniram dentro da loja Folic, do Rio Sul, na manhã deste sábado. Mesmo com dores, devido à artrose no joelho esquerdo, ele foi representar a filha, que está em licença-maternidade, no ato organizado por ex-funcionários da empresa, que foram demitidos há mais de um ano, mas até agora não receberam o pagamento das indenizações trabalhistas.

— Vim da Praça Seca de ônibus. Essa é a segunda vez que venho a uma manifestação deles, porque minha filha está em casa com um bebê de dois meses sem poder vir. Ela entrou nessa empresa aos 18 anos, foi o primeiro e único trabalho dela. Até hoje, não fizeram nem a homologação no sindicato. É indigna a atitude da loja — reclamou.

O ato pacífico, marcado na página do Facebook “Manifestação Folic”, seria realizado na porta da unidade da Uruguaiana, que costuma abrir aos sábados, mas amanheceu fechada. Com isso, os ex-funcionários seguiram para a loja do Rio Sul. No shopping, um segurança ainda tentou impedir a ação, alegando que não poderiam ficar no corredor, atrapalhando a passagem. Foi quando eles entraram para o interior da loja.

— O que está acontecendo com a gente, um dia, pode acontecer com vocês também. Não vale a pena dar o sangue por essa empresa. Amanhã, vocês vão estar do lado de cá — disse a manifestante Josi Cardoso para as funcionárias da loja.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro, Antonio Santos Júnior, se a Folic não entrar num acordo com o ex-funcionários, eles vão entrar na justiça com uma ação coletiva contra a empresa.

— Depois da última manifestação que fizemos, em Copacabana, o dono da empresa nos procurou e disse que proporia um plano de pagamento em três semanas. Esse prazo terminou ontem, quando recebemos um advogado dele, alegando que não conseguiram elaborar um planejamento e, agora, prometeu resolver até o dia 20. Estamos aguardando, mas se não colocarmos pressão, a coisa não anda.

A equipe de reportagem do GLOBO entrou em contato com os telefones da empresa, mas não obteve resposta.

FolicImagem: Rafael Rodrigues/ Sindicato dos Comerciários

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