Em nova decisão, a justiça determina que o grupo Americanas suspenda a previsão de antecipar os pagamentos que seriam realizados aos trabalhadores e empresas de pequeno e médio porte.
A solicitação foi feita pelo banco Safra e coloca em segundo plano o pagamento de R$ 192,4 milhões a 1.300 credores que mais dependem destes pagamentos.
“Esta decisão é um golpe que afeta diretamente trabalhadores e pequenas empresas que dependem dos valores prometidos. Os grandes bancos, que são credores das Americanas, tentam, de todos os modos, receber primeiro suas fatias e assim garantirem seus lucros. Já houve uma decisão que privilegiava os débitos trabalhistas e agora sofremos mais uma derrota. Não vamos desistir da briga, continuaremos pressionando e lutando para que os que mais precisam sejam atendidos primeiro”, declara Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários.
A nova decisão, que foi solicitada pelo banco Safra, foi atendida pela desembargadora Leila Santos Lopes, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O argumento é de que “não há, até o momento, nenhum Plano de Recuperação Judicial”. Ela segue dizendo que “existe um risco de dano irreparável ou difícil reparação, caso o pagamento antecipado seja efetuado enquanto outros credores aguardam para receber suas quantias.”
Relembre o caso
Em meados de fevereiro, o Grupo Americanas divulgou que estaria disposto a pagar primeiro seus débitos trabalhistas e com micro e pequenos fornecedores, porém credores das Americanas, como os bancos Safra e Bradesco, ingressaram com ação questionando a proposta e pediram que seus pagamentos ocorressem primeiro.
Na última semana, a justiça do Rio acatou o pedido do Grupo Americanas e determinou que a empresa deve quitar primeiramente suas dívidas trabalhistas e com os pequenos fornecedores, a decisão vai beneficiar diretamente cerca de 1,3 mil pessoas.
Deixe um comentário